Preocupa-me sobremaneira o fato de termos no poder um
governo demagogo, manipulador e mal intencionado, que governa “livre, leve e
solto”, num verdadeiro “oba-oba” na administração pública e condução do país. E
isso não é novidade pra ninguém, pois “volta e meia” estou aqui esbravejando
minha irresignação e indignação.
Mas tenho que reconhecer que a estratégia desse governo,
embora nada digna, ética ou benéfica ao país, é de tirar o chapéu, pois, por
meio de artimanhas, conchavos e acordos de conveniência e colaboração
recíprocas, hoje, coligado até com o diabo, vê-se forte e sem oposição.
Governo que, com
maioria absoluta nas casas legislativas e senado federal, legisla em benefício
próprio, do partido, dos seus afilhados e aliados, invariavelmente contra os
interesses do país e dos brasileiros, ignorando a legalidade, a ética e a
moral, afrontando os ideais democráticos e a democracia como um todo.
Conseguiram que os
tribunais de contas, a receita federal, a polícia federal e até mesmo a mais
alta corte do judiciário, ao contrário do que deveriam, atuem pró-governo e não
pró-país, deixando de cumprir seus importantes papéis precípuos e passando a
ser pouco ou nada atuantes nas questões onde mais deveriam.
Como consequência,
nosso país restou sem órgãos fiscalizadores essenciais, que teriam o poder de
salvaguardar o país e os brasileiros dos devaneios e desatinos desse governo
mal intencionado, que conduz o Brasil rumo a um futuro incerto e obscuro.
Minha preocupação aumentou significativamente ao tentar compreender
porquê os órgãos públicos de segurança em nenhum momento coibiram a ação dos
“vândalos”, que surgiram em meio às importantes manifestações que nasciam se
insurgindo contra a farra e orgia na administração pública e versão do erário.
Como entender isso, vendo nossos governantes passivos e
silentes, negando-se a coibirem os freqüentes, reiterados, atuais e crescentes
atos de “vandalismo” nas ruas, senão como o interesse dos nossos governantes em
ter o caos instaurado nas ruas?
Chega a ser óbvio que “os vândalos” foram o instrumento para
que o governo enfraquecesse as manifestações que via crescer contra si. Até ai
tudo bem, mas as manifestações perderam força, os atos de vandalismo não, ao
contrário! Ao tentar entender o porquê da manutenção da permissividade e
passividade do governo, por meio dos órgãos públicos de segurança, em um
primeiro momento pensei:
Esse governo está “dando um tiro no pé” e o “tiro vai acabar
saindo pela culatra”, pois em meio aos caos, vai surgir a necessidade, pelo
clamor público, de recomposição da ordem e da segurança e, parece-me que o
exército terá de entrar em cena, e ai?
Ai fiz uma analogia com o que se
verificou à época da instauração do regime militar no Brasil e me indaguei:
será isso que eles querem de volta, a ditadura que tanto repudiam e recriminam?!
Bastou alguns minutos de reflexão para perceber minha quase “santa”
ingenuidade...
Pensei comigo: que militares?
Pois já não existem mais os
antigos militares, e os comandos hoje são de gente do governo, portanto, o exército,
também, para nossa infelicidade e insegurança, atua pró-governo e não pelo
Brasil.
A partir desse momento minha preocupação atingiu seu pico,
ao perceber que, talvez, o objetivo do governo seja que, diante do caos,
justifique-se a intervenção do exército e, assim, conte o governo com um
exército instrumentalizado, a serviço do governo, como mais um importante braço
para a construção da futura e iminente ditadura da antiga esquerda, nos mesmos
moldes que se operou e opera com os exércitos dos governos camaradas amigos
latino-americanos.
Temo que vejamos no
Brasil o pior do fascismo e do comunismo juntos num só governo...
Tomara que eu esteja redondamente errado na minha visão,
análise, percepção e intuição, pois, caso contrário, estaremos perdidos!