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LULA
VEM AÍ
Lula é enfático ao dizer que não há possibilidade
de ser candidato no ano que vem, tendo suas palavras corroboradas pelas do ministro Gilberto Carvalho (Ministro
chefe da Secretaria-Geral da Presidência) que nega existir qualquer
movimentação da parte do ex-presidente Lula de concorrer à eleição presidencial de 2014, dizendo:
"A
vitória do Lula é a vitória da Dilma. Isso precisa ficar definitivo. Ele não tem
nenhuma pretensão, nenhuma vontade de voltar. O que ele aposta é na vitória da
presidenta Dilma".
Rui Falcão, presidente da sigla, afirma ainda que:
“A possibilidade de o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva ser o candidato do PT à Presidência da República no
ano que vem "não tem ressonância" na alta cúpula da legenda”.
Muito embora a cúpula do PT e o próprio ex-presidente Lula sustentem,
por meio das suas “palavras”, estar fora de cogitação a candidatura dele, os
fatos insistem em nos demonstrar movimentação em sentido contrário.
O ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, que estava “sumido” há tempos, agora, já no Brasil, tem
usado boa parte de sua agenda para encontros com movimentos jovens após as
manifestações de junho.
Na semana passada,
chamou ao Instituto Lula militantes, representantes de movimentos sociais e redes
sociais da internet. Além de conversas com a UNE, juventude do PC do B, PT e de
entidades como MST e CUT, o petista convidou os grupos Existe Amor em SP e
Circuito Fora do Eixo para tentar entender o motivo dos protestos.
Segundo Pablo Capilé,
do Fora do Eixo, os encontros com Lula mostraram um líder político preocupado
em abrir um "diálogo com a juventude".
“Santa ingenuidade”
desse Pablo. Prefiro acreditar que essa avaliação se dê apenas por mera
ingenuidade.
Na reunião, ele defendeu como prioridades os temas de direitos humanos,
comunicação, meio ambiente, cultura e juventude. Para o secretário da Cultura
de São Paulo, Juca Ferreira, também chamado para a conversa da terça passada,
há um interesse grande de Lula em entender as demandas.
A imprensa internacional tem bem observado, mesmo que à distância, com
visão e lucidez, a dinâmica dos fatos em torno da futura sucessão presidencial,
talvez devido ao ditado “quem vê de fora vê melhor”.
Não é à toa que uma eventual volta às eleições do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva é tema de reportagem, na edição desta segunda-feira (22,)
do jornal britânico Financial Times.
Segundo o texto, os protestos populares, a queda da aprovação de Dilma
Rousseff diante da elevada popularidade de Lula e a mais recente pesquisa
eleitoral publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo "alimentam
especulações" de que o ex-presidente poderia disputar as eleições de 2014.
Dilma, porém, continua sendo a primeira opção do partido, diz o FT de modo a
“moderar”.
Ainda segundo o jornal britânico, Dilma é "uma
tecnocrata taciturna criticada por políticas econômicas intervencionistas"
e que parece mais inclinada a "minúcias de projetos de infraestrutura do
que a tomar a tribuna para fazer política". "Isso, combinado com a
popularidade do senhor Lula da Silva, tem alimentado especulações de que o
ex-metalúrgico, que liderou o Brasil entre 2003 e 2010, poderia fazer um
retorno nas eleições presidenciais do próximo ano", diz o texto.
É sabido, também, que a grande maioria do PT quer Lula candidato em 2014.
Mas, para isso, é importante que Dilma não saia do PT até a primeira semana de
outubro de 2013, quando ficaria refém do partido. Para fixar Dilma, o
marqueteiro do PT deu longa entrevista a Folha de SP, santificando Dilma. O
objetivo ficou claro: retê-la até outubro. Da mesma forma, Lula, que repete
sempre que a candidata é Dilma, se ela assim quiser.
Os amigos de Dilma começaram a se movimentar em direção ao PDT, seu
anterior partido. Araújo, seu ex-marido, mas muito amigo, assinou a ficha do
PDT. A Folha de SP, em matéria semana passada, informou que isso faz parte do
plano B, que começaria pelo ministro Brizola Neto assumir o comando do PDT,
vencendo o grupo de Lupi, atual presidente.
O PT, por meio do seu comando, objetivando resgatar a imagem do partido,
tenta desvincular a sigla de tudo que não deu ou não está dando certo, como o
faz habitualmente, já culpando os seus aliados pela descrença do eleitor na
classe política e pelo fracasso da reforma. Penso eu que, de maneira a
sustentar o já conhecido “nada sei, nada vi, nada fiz”, dando seguimento ao “me
engana que eu gosto” ao qual estamos, infelizmente, acostumados, embora,
felizmente, incomodados e intolerantes.
Os governadores, governistas relevantes, assim como a maioria dos
deputados e senadores da base aliada, preferem Lula e dizem abertamente que
Dilma não controla mais o Congresso, que atua de forma independente. O beija
mão a Lula, deles, cresce.
Enquanto isso, a oposição acompanha esta movimentação a reboque. FHC
quer que Aécio ocupe logo seu lugar no palco. Dizem que FHC acha uma ilusão
imaginar que o PSB ou o PMDB possam apoiar Aécio. Aderem depois, dizem alguns.
E os partidos da faixa intermediária fazem, todos os dias, uma análise
combinatória de possibilidades de fusão.
Animado pela queda de popularidade do governo
Dilma, ex-governador José Serra teria dito a aliados que o momento atual é o
mais propício para ele deixar o PSDB rumo ao PPS, para se candidatar à
Presidência em 2014, do que meses atrás; nesta terça-feira, Serra visitou o
Congresso Nacional; ele avalia que o cenário é favorável para o lançamento de
vários candidatos, e não descartou a candidatura do ex-presidente Lula no ano
que vem.
Bom, diante disso, só me resta torcer para que as
lideranças percebam que o Serra, no meu ver, não venceu e não venceria Lula,
tampouco Dilma na ocorrência de um segundo turno nas eleições de 2014, pelo
simples fato de não convencer. É assim que traduzo, mesmo reconhecendo suas
inúmeras qualidades, não convence! E quem não convence não se elege. Por
isso clamo pelo nome do Aécio Neves para fazer frente ao futuro candidato do
PT, porque, além de experiente e apto, tem carisma e convence!
E assim, ao final, possa eu ver do Aécio
Presidente, na esperança de ver implantadas novas, necessárias e competentes
medidas, como vimos à época do governo FHC, tendentes à boa administração
econômico-política do Brasil, por meio de ações comprometidas com o futuro do
país. Assim evitando ver no poder, mais uma vez, um governo que pouco fez de novo, tendo esse pouco, invariavelmente, consistido em ações de cunho populista,
impregnadas de visões imediatistas, totalmente descomprometidas com o futuro da
saúde financeira do país e, consequentemente, com a nossa... Com isso, restaria
o PT na posição da qual nunca deveria ter saído, qual seja: oposição! Como
oposição sim, embora muitas vezes atuando por meios duvidosos e com excessos,
era importante, pois pelo menos era vigilante e “incomodava”.
Cabe lembrar que, com programas como o Bolsa Família, tão criticados
tempos atrás pelo próprio Lula enquanto oposição (fato que os desmemoriados
podem verificar em vídeo que circula na internet), que “beneficia” 13 milhões
de famílias, leia-se 50 milhões de votos, num país com 130 milhões
de eleitores, esse governo populista, demagogo, mal-intencionado, corrupto e
cruel, têm se mantido no poder, conduzindo grande parte do seu eleitorado, como
o próprio Lula diz, “a pensar com o estômago e não pela cabeça”, e vê-se
partindo para a disputa à Presidência da República com expressiva vantagem.
Eu nunca me enganei em relação aos reais objetivos
do PT e nunca deixei de ver no Lula um maníaco-narcisista, demagogo, oportunista e
manipulador! Resta rezar para que o povo não caia, novamente, na “lábia” do
caudilho.
Tenho esperança que, em face das recentes manifestações e das futuras
que venham a ocorrer, a “prostituição partidária” que se verificou nas eleições
passadas seja coibida, em parte, nas eleições do ano que vem, em virtude do
“receio” gerado nos políticos com o povo “na rua” e “de olho”. Havendo, com
isso, uma espécie de moralização e resgate da ética, por via forçosa...
Enfim, caso tudo dê errado e, ao final, vejamos
Lula ou Dilma novamente no governo, ainda assim teremos um lado positivo,
embora à duras custas para o Brasil e nós brasileiros, qual seja: o “fim do
mito”, Lula. Pois tenho certeza que o governo PT, que administrou o país, ao
longo dos últimos anos, em cenário externo e interno favorável, enfrentando a
crise externa com um país forte, com economia estável, por conta das medidas
implantadas por seu antecessor não dará "conta do recado".
O cenário a ser enfrentado será outro, e aqui
reside a questão: será que Lula conseguirá administrar o país e se manter no
poder em meio à desaceleração global, aumento preocupante da inflação, economia
em crise, o povo que sai às ruas (indignado e intolerante), questionamento do
sistema, crise nas instituições, aumento da violência urbana, tudo isso aliado
ao fato de vir a enfrentar, pela primeira vez, uma oposição forte e atuante
(que forçosa ou oportunamente terá que se unir)?
Infelizmente,tenho certeza que não!
O Brasil está em crise sim, e a “bomba”, em face do
total descomprometimento do atual governo, com o futuro do Brasil ao longo dos
últimos anos, irá explodir, só nos resta saber nas mãos de quem.
Fernando Azeredo
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